Saudade
Se acreditar, eu quase já não
com penhor, sou o braço forte
do sabor doce, dos olores per fumun
dos setes sonhos, conquistador.
vossa mercê, por bem sabeis
da graça, da gana e da maça
destituído, calcado e humilhado
sujei a mãos, borrei o chão.
carne vermelha, vivendo se esvai
nuns rasgos sagitais, ai que dor!
Debilitado vou, sorrindo dentes
amarelos, chorando
hora dentro, hora fora
hora bolas, fora o tempo
da memória, da lembrança
da saudade, que eu...
Salmon Evangelista.