domingo, 17 de maio de 2009

Série: Enchentes de Teresina


De águas, Teresina

Fomos invadidos
a dois metros
imergidos

ocupados
pelas águas
inundados

Teresina submersa
a idéia
era essa

Ricos e pobres
impedidos
e perdidos

Enxurrados
enxotados
de seus lares expulsados

Solidário
em regime
quase como ordinário

Os que mais alto moravam
rapidamente
ajudaram

Diminuindo o terror
o trauma
do pavor

Da chuva caindo
as paredes
destruindo,

Dos móveis saindo
para as ruas
afluindo.

Salmon Evangelista (Sau)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quero te amar


Por causa do baobá
Tão grande de matar
Não pude te abraçar

Tudo que quiz foi te cativar
Para você poder me amar
E no meu coração morar

Oh! Selena do mar
Vem me iluminar
Para perdido, eu, não baldiar

Quero sim te respirar
Nos teus braços confiar
Tua mão a me salvar.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dias Cinzentos

Dias cinzentos
São um tanto quanto preguiçosos
Se são de tormentos
São negros e pezarosos
Se são ociosos
tem por quinhão atos vagarosos

Dias cinzentos
Da cor do cimento
São duros sofrimentos
Dentro dum pensamento
Buscando um simples alento

Dias cinzentos
são sempre...
...Cinzentos

terça-feira, 12 de maio de 2009

Entrementes



Dentro de nós todos
dentro
da
Alma
e
da
Razão.

Sem dúvida
muito Mistério,
Mais ainda Aventura.
Certa Segurança.
E,
em poucas
vezes
PAZ.

sábado, 9 de maio de 2009

Inebriado, segue desvairado o homem
Não sente o chão onde pisa
Não encherga a um palmo a razão
Adentra por um caminho tortuoso
fingindo de linha reta
Deseja, sonha mel
Prova fel
e desanima não

Sedento de um rio não se farta
Arremte-se sempre ávido
Oclusivo, incisivo, destemido

Deste ponto à babilônia
Senda pequena

Tanto próposito não oprime
Nem labores disabores

O olhar estranho de certo sabe
Que mal domina o homem
Diz-se dele, é calor

Sim, um grande ardor
Emana tal qual aura
Ondeante, multicolorida
Ouve-se mais e não tem saída

É uma sina
Que estrangula, arrepia

É o coração toda a raiz
É a perdição
É a paixão.