sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Série: Poesia da Prosa


As Infinitas Direções
Aqui na Passargada
de onde vem a passarada
pra onde vão os quarto ventos
Roma e suas estradas
que conduzem, trazem
que retira e leva
aquilo que chega
as coisas que partem
batidas de pó
empoeram o chão
batidas de pé
levatam a atenção
aproxima-te desconhecido
dá te graça, ó aflito
dou te sombra e abrigo
para seres meu amigo
já que cedo te arrebatas
não careça de saudade
pra eu não ver partido o laço
bem querido desatado
não temas eu sou contigo
na lembraça de outrora
na esperança futurista
de rever o bem amado
meu colega de estrado.
tu vens, tu vais e eu
nao esqueço o teu abraço!

Salmon Evangelista

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Série: Breves Devaneios



Pior seria, se fosse pior...
já pensou?!
se nã fosse isso, seria aquilo
e dessa forma não,
agir se quer poderiamos

se fosse do jeito que não esperamos
aconteceria de forma, surpreendente
o susto seria tremendo
e nus com mãos nos bolsos estariamos

coitados, com medo
por nada saber
nada conter
nada ser
nada

que confusão é o vazio
não dá pra entender
não da pra saber
porque nada foi
nada é
nada será

e você já pensou?
já foi proposto
no que a vinte e uma linhas de palavras acima foi disposto.
Disponho
desconverso
depeço
e peço
desculpas
sem mais
nem menos
tchal!

Salmon Evangelista

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Série: Poesia da Prosa



Pergunta de cinema...
"você me ama?"
...amo por assim dizer... 
uma vez  foi dizer por dizer
doutra vez foi sem querer...
e já aconteceu que sonhei de ser...
foi e veio... perdeu-se  e se encontrou
nos caracteres da vida
nas piadas desmedidas
nos horas que se foram...
tratados convencioram-se
nos Anéis de Saturno
no pó das galáxias
nos buracos da lua
esconderijos da mente...
no lar do sonhos
dos desejo de outrora 
e nas possibilidade 
do futuro.

Salmon Evangelista

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Série: Nuvem Negra

 
 Passa a nuvem negra

Pouco me importa
bato até as portas
sobram-lhe os cascos
sigo meus passos
porque eu cansei

Abusei mesmo
chega de ser bonzinho
eu quero sair e trobar
falando coisas demedidas
metido a falar, zombar

Não quero fazer sofrer
mas nao vou esmorecer
saia agora 
aqui você corre arrisque
hoje não estou bem

Hão de me perguntar 
o que se passa?
direi a vida é uma desgraça
falarei por dizer
só quero nao mais ser assim

Pelo menos agora
que nao posso ferir ninguem...
nesse momento de solidão
que seja apenas minha a sofreguidão
amanhã serei denovo Anjo Bem.

Salmon Evangelista

domingo, 5 de setembro de 2010

Série: Poesia da Prosa


Amadurecer


...ele só tem dezesseis
e tantos anos já lhe são
como os que ainda tinham
de vir para ser 

deu tempo de descobrir
que um susto pode descortinar
coisas que não eram e
num piscar de olhos

todas elas já não
iguais àquilo que sentia ou
sabia, imaginava, e de se já
vai sendo assim mesmo

adolecer, é amanhecer
no hoje, que pretérito
nem é mais, por ter se
tornado apenas lembranças

e a gente ri, e chora
saudades e enforca
as derrotas mas vê que 
amadurecer é desse jeito

vem de uma vez, e é de vez
e por vezes de novo, vem
só renovando e convidando 
a envelhecer...

Salmon Evangelista.