sábado, 24 de abril de 2010

Série: Quimera


Quimera! Um devaneio bobo, quis ser si, dizendo-se completo sentindo ausência do pedaço que preencheria o vazio que lhe fora ofertado...

Ninguém sabe o que se passou, sua alma, e sua mente lhe pertence, se tentar sondar sua senda psíquica, enuviado recinto encontrará, apenas uns flashes de luz, uns poucos clarões, nada muito nítido, tome cuidado...

Saiu calado, ferido, resoluto... se quis voltar, ainda há de se revelar, se voltará, compare o vento o vento que foi com aquele que está a chegar, será o mesmo¿ pergunte-se...

Saber nada parece ser aterrador, nada saber pode ser melhor, mas é pior, vai assim conflitando, bate, esconde a mão, bate, esconde as garras, bate, esconde a faca, bate, esconde a espada – bate – E bate e retirada!

domingo, 18 de abril de 2010




as lindas curvas
desejei-as
olhando de relance
minhas vistas afiaram
minha carne estremeceu
cheio de ensejo
sem nenhuma vergonha
sem pudor
a mente em torpor
o botão do automático se ligou
tocar, sentir a maciez,
o cheiro fresco,
beijar, lambusar por um segundo
provando o sabor,
desenhando nas lindas curvas
o prazer de lhes descarnar
de separá-las
adentrá-las
tomá-las
e possui-las
e estremecer novamente.

SAlmon Evangelista

sábado, 10 de abril de 2010

o dia já vai gasto
gastos estão meus contratos
castos não são meus desejos
e os encejos vis
são asaz almejados

sem rima
sem metrica
sem vontade
sem razão
nasce o mal dentro de nós

oficina ociosa
maquinário de discórdia
cheia das putrefas dicensões
das malícias alcovitadas
perniciosas e frivolas

alguém ainda consegue rir
uma outra gozar
e pena daquela que só consegue chorar
sabe lá
existe infelizmente certa lógica nisso
certa razão
e um pingo de natural

é horrível
crúel
e amargo
é o mau!

by: Salmon Evangelista